Quem nunca se culpou por ter esquecido a chave ou o celular em algum lugar?
Ou, ainda, sentir que estamos esquecendo algo que sabemos que é importante, mas simplesmente não vem em nossa mente justo no momento em que precisamos? E nos pegarmos “perdidos” em pensamentos no meio de uma aula ou reunião que sabíamos que era importante?
O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno neurobiológico, que tem início na infância comprometendo o funcionamento da pessoa em vários setores de sua vida, e se caracteriza por três grupos de alterações: hiperatividade, impulsividade e desatenção.
Ele possui um componente genético muito forte, sendo um quadro com uma das maiores herdabilidades na psiquiatria e na medicina como um todo: Os parentes de uma criança com TDAH, por exemplo, tem um chance de 2 a 10 vezes maior de também der TDAH do que a população em geral!
Apesar do TDAH (DDA) atingir até 6% das crianças (dado obtido através de estudos de prevalência em diferentes países e culturas) é até hoje muito desconhecido, inclusive por muitos profissionais da saúde, que tratam apenas das suas conseqüências.
O TDAH/DDA aparece na infância, antes dos 12 anos de idade, e, em mais de 70% dos casos, acompanha o indivíduo por toda a sua vida, causando grandes prejuízos. Nós sabemos que essas pessoas com Déficit de Atenção e Hiperatividade possuem um risco muito maior de apresentarem outros quadros neuro-psiquiátricos associados.
Os principais quadros que podem ocorrer em portadores de TDAH são transtornos de ansiedade, depressão e, principalmente, problemas com álcool e drogas.
Em relação especificamente à dependência de álcool e outras drogas, uma série de estudos demonstra que o tratamento precoce do TDAH diminui muito as chances de desenvolvimento de dependência química de substâncias.