“TOC” é uma expressão comum hoje em dia, muitas vezes usada de forma casual por pessoas que têm manias como verificar várias vezes se trancaram o portão ou ajeitar quadros tortos. Essa sigla, que significa Transtorno Obsessivo-Compulsivo, está tão disseminada que é comum ouvi-la no dia-a-dia. Quando vemos alguém organizado ou preocupado em manter as coisas limpas, é fácil pensar que essa pessoa pode ter TOC.
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo é uma condição complexa que exerce um profundo impacto na vida cotidiana, marcada pela interação entre obsessões, compulsões e evitações. Esses padrões de pensamento e comportamento não só afetam significativamente as atividades diárias da pessoa, mas também causam um sofrimento considerável.
Obsessão é um PENSAMENTO
As obsessões são pensamentos intrusivos, recorrentes e persistentes que causam ansiedade e desconforto. Por exemplo, preocupações com contaminação, violência ou simetria. São pensamentos que não podemos controlar, mas que nos causam grande agitação.
A COMPULSÃO, está ligada a um comportamento
As compulsões, por outro lado, são comportamentos repetitivos que realizamos para aliviar a ansiedade causada pelas obsessões. Podem incluir ações mentais, como contar ou repetir palavras, e têm o objetivo de prevenir que algo ruim aconteça em resposta aos pensamentos obsessivos. Esses rituais são uma tentativa de neutralizar ou reduzir a ansiedade, mas acabam por reforçar o ciclo do TOC.
Evitação como estratégia de fuga
Há a evitação, que são estratégias usadas para evitar situações, objetos ou pessoas que desencadeiam os pensamentos obsessivos e compulsões. Pode ser tanto física, como evitar tocar em objetos “contaminados”, quanto mental, como evitar pensar em determinados temas. Embora possa proporcionar alívio temporário, a evitação contribui para a manutenção do TOC.